Mulher ingrata e fingida Não ignore eu dizer Todo o mal de minha vida Já vem do seu proceder Seguiste nos meus encalços Com sorrisos e beijos falsos Me deixando alucinado Meu sofrimento é sem pausa Ô, mulher, por tua causa Vou morrer embriagado Embriagado eu percebo Que alguns dos meus camaradas Me perguntam por que bebo Pra cair pelas calçadas Eu ergo a cabeça e digo Respondo pra os meus amigos Eu não bebo por vaidade Bebo pra despairecer uma mágoa E esquecer de quem me fez falsidade Toda minha desventura Foi amar quem não me ama Transloucado de amarguras O meu coração reclama O que mais me diminui É eu lembrar que eu já fui Da alta sociedade Porém pra viver sozinho Triste igual um passarinho Na gaiola da saudade Minha família comenta Por que vivo desse jeito? Minha mãe chora e lamenta Papai vive insatisfeito Mamãe vem me reclamando Eu vejo papai me abraçando Já vendo a hora eu morrer Com o rosto banhando em pranto Pedindo por todos os santos Pra eu deixar de beber Quando passo as agonias Perante a meus velhos pais Faço-lhe uma garantia Juro que não bebo mais Quando vejo os namorados Se beijando de braços dados Com aquilo eu me comovo As saudades dela vêm Pego a lembrar do meu bem Peço uma e vou beber de novo Minha vida é mal vivida Por causa dessa mulher Assim vou levando a vida Até quando Deus quiser Quando vai anoitecendo Eu deito a cabeça dizendo Vento, me faz um favor Você que vêm do além Me traga lembranças de alguém Que já foi o meu grande amor Triste de quem se apaixona Como eu me apaixonei Foi por causa desta dona Que eu me degenerei Muitas vezes estou bebendo Chega mamãe me dizendo Vai pra casa filho amado Eu saio nas ruas tomando Ouvindo o povo atrás gritando Eita, home' apaixonado! Eu saio nas ruas tomando Ouvindo o povo atrás gritando Ô, vaqueiro apaixonado!