Daqui, enxergo um tempo e os horizontes De um campo onde o céu encontra o chão Daqui, sobre a ilusão da flor, dos pastos Desenho a cada passo um coração Em luz, cada manhã, me entrego os ventos A prece do sereno e das auroras A lágrima caída sobre o campo Descendo pelo olhar de um par de esporas Depois o idioma claro dos estrivos Repete a mesma voz do céu que espero Talvez no choro manso dum rodeio Talvez no canto esguio de um quero-quero Daqui, o teu olhar me encanta os olhos E o campo lagrimando em olhos claros Há cada coração na flor dos pastos Pulsando junto aos cascos do cavalo ♪ Daqui, meu mundo simples de campeiro De ponchos, laços e rédeas parelhas Se faz maior que o mundo desses ventos Por entre a imagem do teu par de orelhas Desenho o tempo sobre a flor dos pastos De cada passo, um vivo coração De alma, de silêncio e horizontes De campo, onde o céu encontra o chão Daqui, o teu olhar me encanta os olhos Por entre a imagem do teu par de orelhas Meu mundo bem maior do que esses ventos De ponchos, laços e rédeas parelhas Daqui, o teu olhar me encanta os olhos Por entre a imagem do teu par de orelhas Meu mundo bem maior do que esses ventos De ponchos, laços e rédeas parelhas