Onde andaram os cavalos A nobreza em cada um Jamais esqueci nenhum Dos que encilhei vida a fora Enquanto a vida demora A repensar as estradas Dormem léguas empacadas No silêncio das esporas A razão custa entender O que o caminho oferece E no rigor desvanece Consumindo a própria essência Desnado de pó e ausência A alma feito horizonte E um céu nublado de fronte Faz emponchar à consciência Andar é rumo e distância Solidão, pingos e estradas Com alegrias maneadas Entre o nascente e o poente Um tempo incerto na frente Limite de liberdade Pra um dia virar saudade E ganhar nome de ausente ♪ E se ultrapassar querências A extraviar esperanças Deixando rastros, lembranças Assinalando caminhos E a magia dos carinhos Doces no amargo da estrada É a principal das aguadas Dos que andejam sozinhos E cada um, a seu modo Com seu tempo e seus dias A embuçalar nostalgias Gasta a vida por aí Esquecendo de sorrir Deixando esperanças boas Se afogarem nas lagoas Entre os juncais do existir Andar é rumo e distância Solidão, pingos e estradas Com alegrias maneadas Entre o nascente e o poente Um tempo incerto na frente Limite de liberdade Pra um dia virar saudade E ganhar nome de ausente