Um baio ruano amilhado Mais que um cavalo, um gavião Desses que voam do chão Pra dar com as asas no céu Que se lhe atiro o sovéu Fica bufando na forma Porque é domado com a norma Da aba do meu chapéu Domei o meu baio ruano Amarilho, Sol poente Com a ciência do penitente Do saber como se faz Ao jeitão do capataz Sacando boi do rodeio Pela barbela do freio Sem deixar nada pra trás Domei o meu baio ruano Amarilho, Sol poente Com a ciência do penitente Do saber como se faz Ao jeitão do capataz Sacando boi do rodeio Pela barbela do freio Sem deixar nada pra trás A lo largo, o par de espora Apresilhada na bota Um relincho pela grota Crua lonca campechana A lavareda aragana O Sol do primeiro raio São do pelo do meu baio Numa alvorada pampeana De a cavalo, faço atalhos De norte a sul corto rumos Pelo Rio Grande, me aprumo Da Vista Alegre ao Lajeado Dos Lagoões ao Pau Fincado Pelo Rincão da Bonita Presa no laço de fita Ao velho pago sagrado Quero dizer aos amigos E aos meus irmãos de cadência Quando eu campear de querência Liberto seja o cavalo Pra que n'algum intervalo De contraponto ao minuano Eu sente as garras no ruano Com estas coplas no gargalo Quero dizer aos amigos E aos meus irmãos de cadência Quando eu campear de querência Liberto seja o cavalo Pra que n'algum intervalo De contraponto ao minuano Eu sente as garras no ruano Com estas coplas no gargalo Com estas coplas no gargalo Com estas coplas no gargalo