Quando o cerro em relevo Faz sombra pras pedras brutas Orando em forma de gruta Vestido de verde flor Pois só Deus, nosso senhor Pinta essa beleza tua Que desnuda a fralda do cerro Banhada com a luz da lua Quando te põe no espaço Airosa em brilho lunar Vem ao planeta clarear Toda beleza infinita Majestosa senhorita Poetisa das minhas canções Basílica da minha esperança Santuário de orações Entre a lua e o cerro Entre o cerro e a lua Só eu vendo a lua cheia Pra matar saudade tua Entre a lua e o cerro (Entre a lua, o cerro, o cerro, a lua) Só eu vendo a lua cheia (A lua cheia pra matar a saudade tua) Batizei-me nessa lua Perante a água do mar E uma canção de ninar Salgava brisa em meu rosto Já te vi em mês de agosto Branca hóstia de algodão Fiz juras para minha amada Quando beijaste o galpão Vejo em quarto de lua Como namoro com a prenda Que as vezes vai se mostrando Apenas pra quem entenda Um dia mostra-se inteira Vestida de tafetá Casa com céu, sorrateira Sob o seu próprio luar Entre a lua e o cerro Entre o cerro e a lua Só eu vendo a lua cheia Pra matar saudade tua Entre a lua e o cerro (Entre a lua, o cerro, o cerro, a lua) Só eu vendo a lua cheia (A lua cheia pra matar a saudade tua)