Os bicho-preto vem subindo na coxilha Anunciando vento frio e temporal Vem caminhando uns em cima dos outros Ladeira acima fugindo do banhadal Só quem entende a previsão dos home antigo E observa o jeito dos animais Espera agosto com a tulha cheia de bóia Batata-doce, linguiça nos varais Meu poncho velho que me abriga do rigor E eu vou contando pra esses jovens de caderno Que nunca viram uma lagoa virar vidro Nem bicho-preto anunciar o rigor do inverno Verão que vem vou trabalhar igual formiga De lenhador, porque esta é minha sina Se os bicho-preto repontarem na coxilha Tô no meu rancho mateando com a minha china ♪ O vento norte vem chorar embaixo das porta Pedindo chuva o carão já faz três dias A geada preta vem gelando até a alma Saiu dos Andes passando por Vacaria Bicho da chuva não se sabe aonde nasce Se ingerido a galinha e porco faz mal Se for ao norte anunciando tempo bom Se for ao sul vai baixar o temporal Se for ao norte anunciando tempo bom Se for ao sul vai baixar o temporal Meu poncho velho que me abriga do rigor E eu vou ensinando pra esses jovens de caderno Que nunca viram uma lagoa virar vidro Nem bicho-preto anunciar o rigor do inverno Verão que vem vou trabalhar igual formiga De lenhador, porque esta é minha sina Se os bicho-preto repontarem na coxilha Tô no meu rancho mateando com a minha china ♪ Meu poncho velho que me abriga do rigor E eu vou ensinando pra esses jovens de caderno Que nunca viram uma lagoa virar vidro Nem bicho-preto anunciar o rigor do inverno Verão que vem vou trabalhar igual formiga De lenhador, porque esta é minha sina Se os bicho-preto repontarem na coxilha Tô no meu rancho mateando com a minha china Se os bicho-preto repontarem na coxilha Tô no meu rancho mateando com a minha china