Cheio, cheio, cheio, cheio Cheio de gente pra poder cantar Pra poder sair Pra poder lutar Cheio, cheio, cheio, cheio Cheio de gente pra poder botar Fogo no poder De quem não é gente Cheio, cheio, cheio, cheio Cheio de gente pra poder cantar Pra poder sair Pra poder lutar Cheio, cheio, cheio, cheio Cheio de gente pra poder botar Fogo no poder De quem não é gente Hoje eu acordei coletivo Hoje amanheci e não me dei por vencido Não vou parar de correr pra cima Não vou parar Cheio, cheio, cheio, cheio Cheio de gente aqui Cheio de gente eu vi Na Toca Cheio do mar em mim Cheio de pedra ali Da lembrança Em toda raiz Tem um pouco de mim e das minhas Linhas de conexão direta É seta que aponta Das minhas veias, o caminho Ninho que acolhe coletivo Vivo, sangue que move nas veias Colho as imagens que planto Meu canto escorre e grita dos olhos É feito aquilo que desloca aqui dentro Mexe e move cidade Invade como ponta de lança Cavalo de troia, alarde Hoje acordei decidida Não vou me dar por vencida Não entrego meus pontos, má-lida Que coisa é essa que pulsa? Treme o chão e avança Só vi a poeira subindo Na luta dos capoeira Ruma de povo poderoso Armado dos pés aos dente Metralhando rima aos montes Surgindo ali ao longe no horizonte Afronte ardente Seguimos Estamos de pé No campo de batalha Derrubando as trilhas Com as nossa navalhas Bota lenha na fogueira Pula os muro Constroi mundos Cria outras rotas Não aceito a derrota, não Não aceito a derrota, não Não aceito a derrota, não. Não aceito a derrota! Ninguém sai ileso Multidão Armada Ataque iminente Cerol e rima quente Quando me viro Tudo é FRENTE Tempo eu não perdi Me perdi no calor Viver eu vivi No frio ganhei da dor Reencontrei a força Dos que estão aqui Sentirei as mãos Que fizeram sentir Que não é em vão E que a gente é lança