Como eu, a noite nasceu mulata Na escuridão da cubata E pecado de subúrbio Mulata, é distúrbio no Musseque E a lua é pé de moleque Que adoça a provocação A noite é como um pano de chita Que foi esteira de rebita Deixou miçanga no chão Como eu A noite é bronze maciço Liga de prata e feitiço Gosto de açúcar mascavo A noite Tem um travo de maboque E a mulata é um retoque Na polpa da natureza Mestiça é estrela de bairro pobre E barro que imita o cobre Torneado de surpresa Como eu Como eu, como eu Como eu, como eu...