Garçom, apague esta luz Que eu quero ficar sozinha Garçom, repita pra ele Que a mágoa que eu tenho é minha Quantos estão pelas mesas Bebendo tristezas Querendo ocultar O que se afoga no copo Renasce na alma Desponta no olhar Garçom, se o telefone bater E se for pra mim Garçom, repita pra ele Que eu sou mais feliz assim Você sabe bem que é mentira Mentira noturna de bar Bar, tristonho sindicato De sócios da mesma dor Bar que é o refúgio barato Dos fracassados do amor Foi assim A lâmpada apagou A vista escureceu Um beijo então se deu E veio a ânsia louca Incontida do amor E depois Daquele beijo, então Foi tanto querer bem E alguém dizendo a alguém Meu bem Só meu, meu bem Nosso céu onde estrelas cantavam De repente ficou mudo Foi-se o encanto de tudo Quem sou eu? Quem é você? Foi assim E só Deus sabe quem Deixou de querer bem Não somos mais alguém O meu nome é ninguém E o seu nome também, ninguém