O olhar dos cães A mão nas rédeas E o verde da floresta Dentes brancos, cães A trompa ao longe, o riso Os cães, a mão na testa O olhar procura, antecipa A dor no coração vermelho Senhoritas Seus anéis, corcéis E a dor No coração vermelho O rebenque estala Um leque aponta Foi por lá Um olhar de cão As mãos são pernas E o verde da floresta Oh, manhã entre manhãs A trompa em cima Os cães Nenhuma fresta O olhar se fecha Uma lembrança Afaga o coração vermelho Uma cabeleira sobre o feno Afoga o coração vermelho Montarias freiam Dentes brancos Terminou Línguas rubras dos amantes Sonhos sempre incandescentes Recomeçam desde instantes Que os julgamos mais ausentes Ah, recomeçar, recomeçar Como canções e epidemias Ah, recomeçar Como as colheitas Como a lua e a covardia Ah, recomeçar Como a paixão e o fogo