Na cidade só chovia Noite imensa, só havia Luminosos, agonia E a vida escorria pela escuridão Nossas ruas eram frias Como os homens desses dias Engrenagens tão sombrias Esquecidas pelos deuses A pulsar em vão Misteriosamente uma andróide Gritou docemente Me mostrou a vida Me encheu de cores Desenhando um holograma em meu coração Com seus olhos foi pintando um dia Reinventando a alegria, brancas nuvens de verão E a poesia de repente volta a ter razão