Quando você me pergunta Se eu tenho certeza Se eu fico zangado com sua franqueza Minha natureza me leva a dormir Quando você se preocupa Com minha fraqueza Eu fico parado no muito obrigado Um pobre coitado Não vais entender E aí de novo o soluço te corto a palavra Te deita de bruços na cama E então me chama, meu amor E assim eu guardo seus dias de chuva Dentro de mim Quando você quer saber Se eu tenho mais fé no poder Do divino Que dos grandes olhos dos nossos meninos Eu vou me deitar Eu sou quem curte o silêncio O momento, o segredo Quem geme de frio Quem fica com medo Quem anda abatido Sem ter um lugar pra morar Eu tenho pressa, não minto Mas sinto que estou Entre as quatro paredes da vida E tenho sede, meu amor E guardo tudo com muito cuidado Dentro de mim Eu tenho pressa, não minto Mas sinto que estou Entre as quatro paredes da vida E tenho sede, meu amor E guardo tudo com muito cuidado Dentro de mim