Pra uns era um herói, pra outros um otário Filho de sete irmãos, ficou pelo primário Viveu entre ganancias, prostitutas e ladrões Sonhava com as tendas, com as rendas dos sultões ♪ A mãe foi lavadeira, o pai operário Criou os sete filhos com o conto do vigário Poema inveterado, já com alucinações Bebia os seus salários entre copos e paixões Pra quem só tinha um rosto Precisava somente uma toalha Quem herdou uma vida Precisava somente uma mortalha Pra fechar o paletó Só precisava um botão Mas amava mil mulheres E só tinha um coração ♪ Dos sonhos de infância, um era ser politico Bem cedo percebeu ser contra os seus princípios No que acreditava ele não abria a mão Não arredava um passo, pouco importa o paredão ♪ Seu fígado era mesmo seu único inimigo De quem falava horrores em quem dava castigos Mulheres foram tantas, mas amor somente um Bebida foram muitas, mas seu forte era o jejum Pra quem só tinha um corpo Precisava somente uma camisa Se falassem do mundo Perguntavam por quê das divisas Lá se vai um bonvivant Usar altos por favor Para uns um indigente Para outros salvador