Preso a uma pintura sem espasmos de defeitos. Flagelando o seu portar pra parecer assim. Soa tão profundo quanto ter que ser todo gatilho Que antecede o estrondo do disparo. Não sei se há como voltar enfim um minuto atrás. Tudo em um segundo se dispersa entre os dedos. Como os teus sorrisos numa tarde, o teu olhar. Observo a nossa esquerda, um estranho com uma faca. Preso a minha cintura. Reluz. Desvia o olhar. E finjo não ver. Por medo em admitir que aquele estranho, Que até então se aproxima, com um olhar tão distante, É tudo o que renego em mim, parado ali, discretamente estou eu. Não posso permitir que o vejam descoberto vulnerável. Em meio às luzes dos postes, em seus arames farpados. Está tudo o que renego em mim, parado ali, discretamente estou eu. Estou eu...