10 minutos, em contagem, gritam no despertador. Ata os nós em teus cadarços, tua gravata, rápido! Rarefeito, sem defeito, é o ar e o que não podes mais ser. Da primeira à quinta em dois segundos, corta o transito. Perseguição voraz, não importa quão veloz o carro está. Como espiral contínuo, descendente, faz o teu caminho estreito. E se revela quando começa a te esmagar o peito. Revigora seu momento mais critico elevando tudo ao ar. Aaa... Mais um andar que se desfez. Destroça o seu pilar. Pra não cair às vezes tenho que amputar os dedos dos meus pés. Se eu explodir junto a você, recolha tudo que sobrar. Não deixe à vista que sou parte de Hiroshima. Onde está o amanhecer? Dê a si outra chance de estar aqui, vislumbrar o tempo à solta. Volta e diz que isso não é parte do "imperfeito-tolerável" Está bem claro aqui o que não pode mais voltar. (Voltar...) Bombas caem no escritório datando o final do mês. Acidez em suas entranhas, junto à falsa lucidez. Nunca deixe escancarados seus anseios mágicos. Pelo cheiro proliferam problemas sarcásticos. Sem estrutura que agüente o tranco o desgraçado surta Em meio aos dias longos dessa vida curta. Onde está o amanhecer? Dê a si outra chance de estar aqui e vislumbrar o tempo à solta. Volta e diz que isso não é parte do "imperfeito-tolerável". Está bem claro aqui o que não pode mais voltar. Não há mais... vestígios pelo chão... mais uma vez.