São três semanas de tropa De Santana ao Itaqui De ponteiro o velho Ari Negro guapo e changueador Vai culatreando o seu flor Capataz desses torenas Que faz dueto das chilenas Com os flecos do tirador ♪ Chapéu grande desabado Um poncho carnal vermelho Um corredor desparelho Num redemuinho de guampas Zebu cruzado com pampa Vaca de cria e falhada Tropa estendida na estrada E o velho pago na estampa Vou no fiador meu patrício Taureando com esta coplita Que se desata solita Rondando sobre o chircal Parece um baile bagual No tilintar das chilenas Lembro daquela morena Me esperanso no portal Vamos reunir o pessoal Que hoje a noite é de ronda Cantar pra o gado bagual Antes que a lua se esconda Vamos reunir o pessoal Que hoje a noite é de ronda Cantar pra o gado bagual Antes que a lua se esconda Era, era, era boi Era boi, era boiada Era, era, era boi Era boi, era boiada Esse meu verso campeiro É pra abraçar os tropeiros Que ainda vivem na estrada ♪ São três semanas de tropa De Santana ao Itaqui De ponteiro o velho Ari Negro guapo e changueador Vai culatreando o tio flor Capataz desses torenas Que faz dueto das chilenas Com os flecos do tirador O Benício lava a alma Num trago largo de vinho E um toso de passarinho Ficou bonito no ruano Sobre o basto castelhano Levo a ânsias galponeiras De tropear a vida inteira Os seus próprios desenganos Vamos reunir o pessoal Que hoje a noite é de ronda Cantar pra o gado bagual Antes que a lua se esconda Vamos reunir o pessoal Que hoje a noite é de ronda Cantar pra o gado bagual Antes que a lua se esconda Era, era, era boi Era boi, era boiada Era, era, era boi Era boi, era boiada Este meu verso campeiro É pra abraçar os tropeiros Que ainda vivem na estrada Este meu verso campeiro É pra abraçar os tropeiros Que ainda vivem na estrada