Quando volto às casas num final de tarde Venho assoviando uma coplita mansa Meio basteriado pela dura lida Mas meu coração canta de esperança Sei que me esperam junto da janela Dois olhos matreiros presos à distância É a dona do rancho que sai porta a fora Para os braços rudes desse peão de estância É um rancho posteiro num fundo de campo Meu pequeno mundo que eu mesmo fiz Como por encanto torna-se um palácio Para a prenda rainha que me faz feliz Essa prenda linda prendeu meu destino Não sou mais teatino, veja o que ela fez Ao olhar seu ventre sei com ansiedade Que em breve no rancho nós seremos três Vou aumentar o rancho pois sou prevenido Já tenho escolhido o pingo pra o piá Vai ser meu parceiro nas horas de mate Maior alegria que essa não há Quem tem o que eu tenho vai me dar razão De cantar alegre galopeando ao vento A saudade é um chasque pra mulher amada Que me invade o peito, coração à dentro.