Sou grito do quero-quero No alto de uma coxilha Sou herança das batalhas Da epopéia farroupilha Sou rangido de carreta Atravessando picada Sou o próprio carreteiro Êra boi, êra boiada Êra êra boi Brasino Êra êra boi Pitanga Boi Fumaça, Jaguaré Olha a canga ♪ Sou velha cambona preta Dependurada nos tento Sou o chapéu do domador Tapeado de contra o vento Sou rancho de pau-a-pique À beira de uma estrada Onde descansa o tropeiro Pra seguir sua jornada Êra êra boi Brasino Êra êra boi Pitanga Boi Fumaça, Jaguaré Olha a canga ♪ Sou a cor verde do pampa Nas manhãs de primavera Sou cacimba de água pura Nos fundos de uma tapera Sou lua, sou céu, sou terra Sou planta que alguém plantou Sou a própria natureza Que o patrão velho criou Êra êra boi Brasino Êra êra boi Pitanga Boi Fumaça, Jaguaré Olha a canga Êra boi Êra boi, sai daí cusco Eita cusco que só atrapalha Sai daí cachorro, êra boi Jaguaré, boi Fumaça, Jaguaré Êra boi, Jaguaré, êra boi...