Folha maldita, obedeces Às mãos que nem tu mereces Às mentiras do poeta Toda a negrura dos traços Descreveram mil abraços Histórias de uma porta aberta Toda a negrura dos traços Descreveram mil abraços Histórias de uma porta aberta Só tu sabes, folha branca A arte de tornar estanque Essa seiva da verdade Contou-me histórias de amor Esse pobre fingidor Fez-me crer que tem saudade Contou-me histórias de amor Esse pobre fingidor Fez-me crer que tem saudade E tu, ó folha rendida À mão que na despedida Diz adeus sem ter partido Vai dizer a toda a gente Que finge o que deveras sente O meu poeta perdido Vai dizer a toda a gente Que finge o que deveras sente O meu poeta perdido