O tambor a tocar sem parar Um lugar onde a gente se entrega O suor do teu corpo a lavar a terra O tambor a tocar sem parar O batuque que o ar reverbera O suor do teu rosto a lavrar a terra Logo de manhãzinha, subindo a ladeira já Já vai a caminho a Maria Faia Azinheiras de ardente paixão soltam folhas, suaves, na calma De teu fogo brilhando a escrever na alma Estas fontes da nossa utopia São sementes, são rostos sem véus O teu sonho profundo a espreitar dos céus Logo de manhãzinha, subindo a ladeira já Já vai a caminho a Maria Faia Desenhando o peito moreno, um raminho de hortelã Na frescura dos passos a eterna paz do poeta Uma pena ilumina o viver De outras penas de esperança perdida O teu rosto sereno a cantar a vida Mil promessas de amor verdadeiro Vão bordando o teu manto guerreiro Hoje e sempre serás o primeiro canto ♪ Ai, o meu amor era um pastor, o meu amor Ai, ninguém lhe conheceu a dor Ai, o meu amor era um pastor lusitano Ai, que mais ninguém lhe faça dano Ai, o meu amor era um pastor verdadeiro Ai, o meu amor foi o primeiro Estas fontes da nossa utopia São sementes, são rostos sem véus O teu sonho profundo a espreitar dos céus Mil promessas de amor verdadeiro Vão bordando o teu manto guerreiro Hoje e sempre serás o primeiro canto