A tempestade há-de passar, Ninguém se esconde E há quem queira voltar, Venham sereias Venham lobos-do-mar A tempestade há-de passar Pela manhã As portas têm que se abrir, Ninguém se esquece Não há quem queira fugir, Voltam cansado Mas a pé hão-de vir Pela manhã As porta têm que se abrir E há-de haver quem nos queira salvar Somos destino Donos deste lugar Não é o fim! E uns gritam E outros dizem Toma conta de mim Estamos longe do fim Estamos longe do fundo Só quero um segundo Toma conta de mim Por este lado, Ainda há p'ra beber, Há quem espere A vida inteira a correr, Venham os loucos E poucos se hão-de vender Por este lado Ainda há para beber Trazem histórias De um sítio melhor Carregam feridos Que se hão-de compor, Voltam inteiros E por vezes maior Trazem histórias De um sítio melhor. E há-de haver quem nos queira salvar, Somos destino, Donos deste lugar Não é o fim! E uns gritam, E outros dizem Toma conta de mim Estamos longe do fim, Estamos longe do fundo, Só quero um segundo, Toma conta de mim Venha quem queira ficar E há ainda tanta para dar, Ninguém rouba este chão E há lugar para mais, Para os que vêm de longe, E ficam de pé, Ninguém desiste, Que agora é que é! E uns gritam, E outros dizem Toma conta de mim Estamos longe do fim, Estamos longe do fundo, Só quero um segundo, Toma conta de mim E uns gritam, E outros dizem Toma conta de mim Estamos longe do fim, Estamos longe do fundo, Só quero um segundo, Toma conta de mim Toma conta de mim Que eu tomo conta de ti!