Segundo o ancião, todos nascem com vão Mas poucos são os que praticam aquilo que pregam Não absorvas a lição de quem não tem moral O tempo é só uma ilusão, sem temporal Sensível, sensato, não egocêntrico, ingrato Não vivas de olhos fechados aprende a usar o tacto Não sejas leviano, espreita por trás do pano Toda a gente tem algo podre a acumular no cano A imperfeição é um traço comum entre os mortais E quem te disse que somos melhores que os animais Falamos mal do consumo mas somos consumistas De dia santos, à noite sadomasoquistas Se dobramos conquistas para disfarçar derrotas E ver massas devotas a grandes maços de notas Como calotas à deriva, buraco na camada A estufa e o seu efeito não nos dizem nada Até termos o nível da agua à porta de casa E veres o mar a transbordar nessa mente rasa Aquilo que te atrasa, é o mesmo que te prende Aqui tudo se compra, aqui tudo se vende Não vejo homens livres, vejo apenas reféns Para mal dos nossos pecados, agarrados a bens Somos diferentes mas no fundo somos todos iguais O que uns tem a menos, outros tem a mais Algo na escuridão, lá vem o ancião Calvo, calmo, barba ruiva, cajado na mão Segundo o ancião Segundo o ancião Algo na escuridão, lá vem o ancião Em cada ruga uma história de maturação Segundo o ancião Segundo o ancião ♪ Algo na escuridão, lá vem o ancião Calvo, calmo, barba ruiva, cajado na mão Segundo o ancião Segundo o ancião Algo na escuridão, lá vem o ancião Em cada ruga uma história de maturação Segundo o ancião Segundo o ancião Tantas vezes