Confesso que nunca me apresso Pra deixar quem amo Quem nunca me enfada Teu nome ficou cá impresso Mas sempre te perco pra rua arejada Munida de todo o engenho Pra ver se te apanho a meu tom de menina Premeia está voz de sereia Que apesar de grossa me sai sempre fina Corro atrás do tempo mas o tempo corre Ao sabor do vento a esperança morre Mudam-se as vontades e as inimizades Só não muda a urgência em ter te de verdade ♪ Confesso que não me interesso Por gente que veste com uma sendalha Mas certo é querer te por perto Por teres a verdade que tão bem te calha Não nego que a dor que carrego Carrega os meus versos com prosa erudita Confesso o tempo que atravesso Não é o melhor pra me fazer bonita Corro atrás do tempo mas o tempo corre Ao sabor do vento a esperança morre E vamos crescendo na mesma cidade Tu dançando eu vendo que pesa a idade Mudam-se as vontades e as inimizades Só não muda a urgência em ter te de verdade ♪ Não meço o amor que mereço Mas nunca mantenho quem não me agasalha A pedra do chão que tropeço Removo sucinto que só me atrapalha Confesso que não me interesso Por quem me acredita paixão mendigada Despeço me ao longe num beijo Mais lindo que o Tejo não existe nada Corro atrás do tempo mas o tempo corre Ao sabor do vento a esperança morre E vamos crescendo na mesma cidade Tu cantando eu vendo o que pesa idade Mudam-se as vontades e as inimizades Só não muda a urgência em ter te de verdade Corro atrás do tempo mas o tempo corre Ao sabor do vento a esperança morre E vamos crescendo na mesma cidade Tu cantando eu vendo o que pesa a idade Mudam-se as vontades e as inimizades Só não muda a urgência