Alcool Club Conversas de Balcão Pouca luz Jazz numa coluna E uma empregada que me seduz Na parede, um quadro Tecto espelhado Um traficante ao meu lado Com um futuro assegurado No quintal enterrado Atenção Temas perigosos para conversas de balcão Não é ladrão O mundo em que vivemos Não está fácil, não E tenho a sensação Que o que se passa à noite muda a razão Mais uma transação traz ação Brincalhão vais servir de comida para o cão Só medidas adequadas para o assunto em questão Investigações Polícia dá um passo à frente Nós damos dois sem receio E o meu copo já está a meio Empregada faça algo antes que isto fique feio Porque bons modos eu não tenho Tu aí Rapaz, quando o diabo me levar É um favor que te faz E os brutos que estão comigo Também não estão interessados Em fazer amizades É ou não é verdade? Vivemos num ciclo de vícios Caminhar sem parar e ainda voltar ao início Saber de cor os caminhos para o precipício Fazer parecer fácil é difícil E aprendi Não tenho medo de ti Eu tenho é medo de mim (Como é? Pedimos outra? Também não faz mal a ninguém, né?) Gosto deste balcão Madeira antiga, trabalhada à mão Bom salão, Alcool Club Hoje parece-me tudo mais seco, mais rude Mais podre, mais desenquadrado, desiquilibrado Tenho meio euro no bolso dobrado Deve ser das pedras Não tenho sentido nada O Logan ampara-me as quedas Banco do balcão Cara torta estilo cão Dois Martini's para a alucinação Chamo concentração Mas então irmão? Não trouxe cartão Empresta-me uns trocos para o serão Fico em conversas com pessoas diversas Troco nomes, troco peças Não sou daqueles por quem te interessas Eu sei que tu aí tens algo para mim Andas a disfarçar Pensas que eu não vi Não me rendo e vou para ali Torno-te no meu álibi Conversas e melódias Eu sei que tu aí tens algo para mim Andas a disfarçar Pensas que eu não vi Não me rendo e vou para ali Torno-te no meu álibi Conversas e melódias E deixamos bem claro Que todos conseguem fazer isto Errado 'Tá cada vez mais raro O rap de qualidade Vou ter com os camaradas chillin na cidade Hoje fumo, bebidas marotas Tudo à vontade Calar bocas desses invejosos Como o diabo Não tenhas conversas de balcão no bar errado Podemos estar ao teu lado Reunidos, bem pedrados Brindes à família Brindo ao amanhecer a ver a luz do dia Mais uma estadia no inferno A rua está vazia A calçada estava fria A bebida fresca Senta-te querida A tua companhia vai ser boa de certeza Sem estrilho Sem confusão A pega paga uns copos, não consigo dizer que não De certeza que o brutos têm a mesma opinião Não abandonamos o salão tão cedo Completa este jazz Diretamente do cerco