Um homem se prepara pra cantar num sarau No fim do mundo no fundo de uma espiral Uma tímida platéia se reúne Se senta animada e antecipa o deslumbre Os ventos soam como tambores em seus ouvidos E o povo tem um rosto descolorido Os ventos soam como tambores em seus ouvidos Como um quadro em branco Os ventos soam como tambores em seus ouvidos E o homem nem sequer sugere um sorriso Os ventos soam como tambores em seus ouvidos Parado com a boca aberta Os ventos soam como tambores em seus ouvidos 'Me dê flores em vida O carinho a mão amiga Pra aliviar meus ais' Mas essa platéia se recusa a cantar E o homem há de se perguntar Se não pra gozar pra quê comparecer (Só pra ver a queda) E se sente mal pois pouco custa a entender (Só pra ver a queda) Que os risos de canto é a vontade de ver perder Só pra ver a queda Só pra ver a queda Só pra ver a queda Só pra ver a queda Só pra ver a queda Só pra ver a queda Só pra ver a queda Só pra ver a queda É só pra ver a queda É só pra ver a queda É só pra ver a queda Só pra ver a queda