Ir para lugar nenhum É poder ir para qualquer lugar Viajar, estando parado É conhecer todos nossos segredos E qualquer lugar serve Quando não pertencemos a lugar nenhum Mas levar uma bagagem pesa Pesa o suficiente Para nos fazer ficar Para nos fazer ficar Então vamos de mãos vazias De peito aberto Levamos com nós a vontade de viver Mesmo não estando certos Nos menores atos somos tudo e nada Abraçamos o amanhã sem saber como o hoje termina Pegamos carona nas costas do mundo Sem termos passagens de volta E pra quê voltar Se não tem pra onde ir Somos poeira, somos pólen Levados de um lado pro outro Carregando a certeza De não sermos daqui