Ponte sem corrimão O despencar da emoção Sob os teus pés no ar Cem mil metros ao chão Um abismo a chamar Vem e me dá tua mão Seja minha sustentação Se minha perna dobrar Não me jogue ao chão Que eu não sei levantar Ecos de solidão Como numa velha canção Pelas ondas no ar Morre na imensidão Sem ninguém pra sintonizar Se a cicatriz curar e o elo se formar Nós vamos flutuar sem imergir Mas se a ponte virar e a gente despencar Eu vou te amar até chegar ao chão Não há o que pensar se a gente se jogar Eu dou meu paraquedas para ti, só pra ti Corte e cicatriz A derrocada por um triz Um estanque a sangrar A costura a se abrir No teu peito a secar Promessas de festim Num tiroteio perto ao fim Se tua arma travar Que aponte pra mim Eu não vou desviar